
Pergunte ao grande público qual o primeiro nome que vem à mente quando se fala em arte pop e Andy Warhol (1928-1987), certamente, será o mais lembrado. Pergunte aos próprios artistas pop quem era o seu papa e o nome que vai surgir é outro: o do americano Robert Rauschenberg (1925-2008), conhecido por ter transformado em arte a imagem da bandeira dos Estados Unidos, aponta Rauschenberg como o mais criativo dos artistas americanos de sua geração. Willem De Kooning (1904-1997), durante muito tempo o pop mais cultuado pelos artistas jovens, foi mais longe ainda em sua homenagem a Rauschenberg. Autorizou o artista a apagar um de seus desenhos, no que seria um gesto artístico. Erased De Kooning Drawing (Desenho de De Kooning Apagado), de 1953, virou referência nos anos 50. E o que faz de Rauschenberg um artista cultuado por seus pares? Ele é um dos pioneiros em pelo menos três procedimentos definidores da arte pop: o uso do dia a dia como matéria-prima, a referência a imagens produzidas em larga escala pela indústria cultural e a incorporação da palavra ao repertório das artes plásticas.